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terça-feira, 3 de março de 2015

QUAL A MELHOR ESCOLA?

Olá queridos, tenho andado um tanto sumida daqui, não é verdade? Para aqueles que não me conhecem isso é super comum, rs. Tenho meus altos e baixos, numa hora vivo de inspirações e na outra uma preguiça perturbadora faz parte do meu ser e me impede de pensamentos produtivos.
Não sei também se sabem, mas sou professora, fiz primeiro o magistério, obtendo uma licenciatura na época para lecionar para a Educação Infantil, depois me formei em Geografia e hoje dou aula para o Ensino Fundamental II.
Meu primeiro emprego foi numa escola de educação infantil, foi ali que pude descobrir muitão sobre o universo dos pequenos, gostaria de ter aprendido mais naquela época, mas não tinha tanta maturidade para absorver tais conhecimentos. De lá para cá sigo sempre com o mesmo mantra, não há escola com um pensamento igual o da que eu trabalhei naquela época. Não consegui ainda encontrar alguma com metodologias e práticas parecidas.
Depois de 11 anos, agora com uma filha e me deparando com uma louca procura por uma escola boa e que valia a pena para a pequena, pude ver o quão enrijecida está a educação, independente de ser no âmbito particular ou público. Nosso sistema educacional precisa ser revisto urgente.
Como moro numa região não muito privilegiada de escolas, a saga foi grande.
No ano retrasado (2013), Malu estudou numa escola pertinho de casa. Lá eles cuidavam muito bem dela, super queridos, tudo arrumadinho, com "tias" carinhosas. No que a escola pecou? Na parte pedagógica!
A professora da Malu na época tinha por volta de 6 alunos e mesmo assim aconteciam problemas, problemas esses que considero irrelevantes perto dos erros de ortografia que vinham nas lições de casa e na agenda. Digo o mesmo da diretora, erros de ortografia não são permitidos quando estamos nos referindo à educação. Tudo bem que na idade deles, por volta de 2 a 5 anos não é mais obrigatório a alfabetização, antes tínhamos como meta alfabetizá-los. Mas, muitas crianças apresentam maior facilidade para aprender a ler nessa época, então devemos apresentar a maneira correta para eles. Da mesma forma, quando falamos! As crianças estão aumentando o repertório linguistíco, e a professora vai lá e fala uma palavra errada, o que acontece?
Fora a festa de encerramento... crianças pequenas fazendo formatura, ah tenha dó! É muita formalidade para os pequenos. Eles não precisam disso nesse momento, porque daqui a algum tempo eles viverão tais formalidades por muitos e muitos anos seguidos.
Esse foi um dos motivos que me levaram a ficar quase 10 meses em casa com a Malu, abdiquei de emprego para dar esse tipo de atenção para ela.Quem conversa com ela percebe que seu repertório é vasto, que é bem comunicativa (quando pára para conversar de verdade, rs). Ela conhece todo o alfabeto, sabe escrever seu nome, conta até 30, sabe até 10 em inglês... Mas por outro lado, ela perdeu a parte de sociabilização, ficou com muita dificuldade de se enturmar, fazer amigos e aí pesei isso.
Esse ano meu marido e eu procuramos por algumas escolas, minha grande preocupação era com o espaço físico em si, porque Malu teria que ficar no período integral. 
Para mim, escola boa tem que ter brinquedos, salas e banheiros adaptados, deve ter atividades lúdicas, joguinhos pedagógicos, deve ser limpa, ter parquinho e principalmente, profissionais qualificados, com experiência e que goste do que fazem. As professoras devem obrigatoriamente ser formadas em Pedagogia e a coordenação também. Professor que é professor de verdade, nunca para de estudar, isso é importante.
Tive problemas em algumas por conta do valor ou porque eram muito distantes e ficaria muito cansativo para a Malu. Na última que me foi recomendada, vi salas direcionada para crianças na faixa etária dela (4 anos) com carteira universitária, achei um horror! Tive pena das crianças dali, fora o cheiro de inhaca que estava impregnado no ambiente. A responsável pela escola não me passou segurança alguma.
Um outro fator é o material pedagógico, que para mim só servem para arrancar mais dinheiro dos pais. Não tem nada ali que um professor de escola pública - muito mais qualificado - não elabore em sala de aula com os alunos sem possuir tal material. Virou mania esse apoio e já insere os pequenos no ritmo conteudista do qual nada me agrada, deixando outros tipos de conhecimentos para trás.
E as atividades extras-curriculares, como o tal do balé para meninas e judô ou hapkido para meninos? Pelo amor de deus, que babaquice é essa que meninas não podem fazer uma arte marcial ou um menino não pode aprender balé? Ou seja, já estamos inserindo nossos pequenos a viver nos padrões separatistas, sexistas e conservadores da nossa sociedade. Isso tudo é mau, mau, mau!


Então, finalmente encontrei uma escola que me agradasse pelo menos 70% do que almejava! A responsável que me atendeu me passou muita segurança, mostrou conhecimento e muita atenção. É um ambiente espaçoso, com 2 parquinhos mais uma horta, tudo muito limpo, com cara de novo, local adequado para a hora da soneca, professoras formadas e que até o momento não apresentaram nenhum tipo de erro nas atividades e agenda. Infelizmente pecam na questão do material didático e do balé, mas eu também não poderia conseguir tudo que vivi na primeira escola que dei aula. Devo toda essa preocupação às pessoas que conheci lá! Desde a diretora, até o corpo pedagógico e administrativo. Se hoje tenho a formação que tenho, devo muito a todos eles.







Apenas uma observação: Optei por uma escola particular, pois as escolas públicas da periferia de Osasco não me passam nenhum tipo de confiança, em algumas por questões estruturais, em outras por questões administrativas e por fim por poucos maus profissionais. Tem muita gente boa nas escolas da região, mas eu vi muita coisa no período em que lecionei no município e prefiro não arriscar com a Malu.
Grande beijo

Por Carol Araújo.