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terça-feira, 28 de julho de 2015

MALU, NÃO EXISTE COISA PARA MENINA!

Malu, filha... hoje escrevo para você. Sabe por quê? Porque o assunto é sério querida, assunto que deve ser bem direcionado, que formará seus posicionamentos, que te ajudará a construir seu caráter.
A mamãe e o papai sempre procuraram fazer com que você fosse menininha livre, menininha solta de ideias e pensamentos. Mamãe e papai não gostam de padrões, sabe aquela conversa que quase todo mundo tem de que menina tem que gostar de rosa, brincar de boneca, de casinha, tem que usar brincos, gostar de coisas femininas? E que menino tem que gostar de azul, carrinhos, super heróis e tantas outras separações que segregam nossos vínculos? É isso filha, isso está errado! Meninas e meninos podem gostar do que quiserem, devem brincar juntos, brincar separados, devem brincar como iguais. Você me entende?
Por isso que desde de quando você nasceu, sempre me preocupei em não consumir nada que ditasse esses padrões, o que você tem relacionado a isso, você ganhou. Todo mundo sabe da minha paixão por estampas em petit poá, cores em tons pastéis e azuis. Eu não te vestia de rosa, nunca! Tanto que sua primeira cor preferida era verde água, digo primeira cor, porque a gente muda de opinião filha, até saber direito o que gostamos.
Mas acho que nós, seus pais, estamos indo no rumo certo, porque você mostra sua personalidade quando mesmo sabendo que não tenho preferencias por nada em rosa me diz que gosta, afirma e não muda de opinião. Sei que a escola tem muito dessa interferência, coisa que não deveria acontecer, pois as escola deveriam quebrar estes paradigmas e não reafirmá-los, mas infelizmente eles vão de acordo com essas regras estapafúrdias e reafirmam esses padrões.
Filha, digo que tenho orgulho de ver como você é, você é criança, criança saudável, que gosta de rosa sim, mas também adora super heróis, "Os Vingadores" né? Ama princesas, mas as leva para passear no seu trator [trator esse que seus amiguinhos da sala custam a acreditar que seja seu, por que né filha?], ama a Elsa, Ana, Aurora, mas quer como tema da sua festa de aniversário a Malévola.
A mãe se orgulha da sua naturalidade em ver a diversidade do amor e fica chateada contigo por não ser tão adepta em fazer amizades, ser mais na tua. Não se preocupe, eu entendo.
Fico brava quando me conta que algum coleguinha falou ou fez algo que não gostou e você não se defendeu, porque quero que se defenda, quero sim que revide, mas você entende que revidar é feio e esse teu pensamento é sábio, é lindo.
Também digo que menina usa brinco se quiser, e me orgulho de você ter tido o direito de escolher o momento para colocá-los. Papai foi mais enfático nisso, se posicionou e não deixou que furassem suas orelhas quando bebê e hoje sinto alivio ao ver que você decidiu, que não devemos impor nada sem teu consentimento.
Quero que seja mulher forte, guerreira, porque ser mulher filha não é fácil, por isso essa preocupação com teu caráter, com tua personalidade, pois não quero que te ditem regras filha, não quero que decidam por ti. Amor, menina gosta da cor que quiser, menina brinca do que quiser, assim como mulher não é obrigada a cuidar do lar, nem a saber cozinhar, menina se suja sim, pode ter o cabelo curto, comprido, liso, cacheado, crespo, lindo, bagunçado, porque não são essas coisas que te definem como pessoa boa ou ruim. Menina pode ser sim princesa, mas se quiser pode ser junto guerreira, ou nada disso.
Não quero que ligue se alguém vier te criticar por causa do trator, sabe por que? Porque não tem problema gostar de carrinho não, não tem problema gostar do Batman, Homem Aranha!!! O problema é quando te tratam diferente por gostar disso. Se alguém, seja quem for te tratar diferente por causa do seu gosto, das suas escolhas, das suas vontades me conta, pois a briga filha será feia. Faço tudo para te defender! E não quero que te imponham algo que descamba para o preconceito.
O preconceito é feio e temo que aprenda a tê-lo, abomino preconceito e espero que também pense como eu.
Maria Luiza, Malu, filha... continue assim amor, desse jeitinho, você está indo pelo rumo certo e se por acaso errar em algum momento, reflita filha, volte atrás caso seja necessário, se desculpe e melhore. Mamãe tá aqui para ver você se transformar em pessoa boa, do bem e feliz.
Espero que quando conseguir ler sozinha, sem precisar da ajuda da mamãe, venha a ler este post e que o compreenda, que entenda o amor que sentimos, o carinho, a atenção e dedicação que temos por você. Espero que leia e goste, que leia e me abrace, me beije e diga que me ama, será a melhor forma de retribuir a esta escrita sincera e ao mesmo tempo melosa de uma mãe que se preocupa com o que se tornará, com o teu futuro.

Te amo meu biscuit <3 p="">
Por Carol Araújo.








quarta-feira, 22 de julho de 2015

MALU NÃO É MAIS FILHA ÚNICA

É engraçado como a vida segue, acabo achando bacana que coisas boas fluam da maneira como na minha vida flue, isso me motiva a ter pensamentos positivos para o futuro.
Desde o começo do ano tenho ido e vindo de médicos ginecologistas [sim, mulheres vão - ou pelo menos deveriam ir - ao ginecologista], pois minha menstruação, que nunca foi regular, agora havia piorado. Nessas voltas que a vida dá, descobri que além dos ovários policísticos, também possuo um mioma. Fiquei muito preocupada, pois incômodos e dores eram frequentes e consequentemente tudo isso refletia na Malu, muitas alterações de humor, cansaço. A situação se agravava justamente porque herdei por parte de mãe problemas vasculares, o que me impede de fazer qualquer tratamento com hormônios, afinal de contas posso desenvolver uma trombose.
Mais que loucura que a vida é minha gente, rs.
Desde janeiro desse ano, tive que fazer vários testes de gravidez e todos deram negativos. Depois de quase quatro meses sem menstruar, finalmente o fluxo veio e em maio tudo parecia voltar ao normal.
Durante um exame solicitado por um especialista em endometriose, a médica que me atendeu semana passada, recuou e resolveu fazer um ultrassom, eu fiquei muito inquieta, não sabia o que estava acontecendo e nem o porque de tal mudança assim. No momento do exame ela me vem com uma noticia que já não esperava mais... "Caroline, você está grávida. Grávida de quatorze semanas." E botou o coraçãozinho do bebê para eu ouvir.
Não consegui ter reação, estava estagnada, sozinha, sem preparo. Eu que já estava desenganada pelos médicos, que seria quase impossível eu ter outro filho. Que já pensava em adoção. Que poderia estar até com câncer no endométrio!  Enquanto achava que todo mal-estar que sentia era por conta dos remédios que tomava para controlar a dor, enxaquecas constantes, tantas outras coisas. Estava eu, não doente, mas sim cheia de saúde em mim, estava eu grávida novamente! Conseguem medir minha felicidade?
Logo eu...
Eu que engravidei antes de casar
que casei depois de engravidar
que fiz as coisas do avesso
que na minha "canhotice" consegui fazer dar certo.
Posso dizer com toda alegria nessa vida, depois de uma semana digerindo que minha gestação não é de apenas uma semana, um mês, dois... e sim de três quase quatro meses, que a Malu não será filha única, tenho um bebê em meu ventre e que mesmo com o susto irradio alegria e minha família me acompanha diante de tanta felicidade.
Por esse motivo acho que é mais do que conveniente mudar o nome do blog, "Mamãe de Primeira Viagem" já não cabe mais num espaço onde "Malu não é mais filha única".
Hoje já não carrego toda a insegurança da primeira gravidez, nem toda aquela fragilidade. Minha postura é de mamãe com certa "experiência" e meus anseios estão ligados apenas à saúde do bebê.
As transformações do corpo,sim, já sei como são, as dores do parto, também! Os cuidados, a alimentação...
Tô em paz amados e que essa criança que carrego em meu ventre venha com toda saúde, com todo amor, com todo carinho e cuidados que eu, Matheus, Malu e Carvão [nosso cachorro] possa proporcionar.



Obrigada universo.

Por Carol Araújo.